Pular para o conteúdo principal

Quarentena, parte 2.

      Hoje é dia 23 de abril de 2020. Ainda estamos em quarentena, e já há mais de um mês. Nunca, nem nos nossos pesadelos, estaríamos em uma guerra desta maneira. Uma guerra invisível, como dizem. Um vírus ter o poder de bloquear, parar as pessoas e não sei se é correto o que fazem nossos senhores políticos, mas como não posso mudar o que eles fazem, faço minha parte.
       Disse na postagem anterior que muitas pessoas teriam que aprender com toda a situação que jogaram na nossa alma, e nem assim, acredito aprenderem.
      Tem o lado bom da coisa também: pensar. Observar o comportamento das pessoas quando estão longe, por exemplo, ou quando estão em situação de tensão, ou sem saber o que acontecerá no dia seguinte... não sei...
      Li tanto já sobre como o ser-humano deve ser e deveria ser, e não O é.
      Tenho a sensação de pesadelo...de que acordaremos e tudo estará no lugar.
      Estava lembrando ontem quando dizia não me ver no prédio novo, Será que era isto? Ouço notícias de lá e parece ser um mundo de um lugar tão distante, estranho. Ouvir de pessoas que estão incomodadas com barulho, com pessoas que andam pra lá e pra cá, por colocarem cartazes  nas varandas...estranho, né?
      Sinto vontade imensa de chorar de vez em quando, e já ouvi falar que é por causa da chegada da menopausa e aí me dou conta que estou ficando velha! Sim!!! Olhei-me no vídeo hoje e não gostei do que vi. E há momentos que estou muito bem, agradecendo mesmo por estarmos no sítio e podendo curtir sem muita pressão o que muitos estão vivendo. Proibido reclamar.
      Há situações que vejo que me fazem bem à alma, e na maioria das vezes são textos postados pela Dani, ou então a inocência de muitos dos meus alunos que parecem estar de férias, kkkk! Há outras que vejo o quanto o ser-humano não é legal, como diz o Ed Motta, "o mundo é fabuloso, o ser humano que não é legal!", e o que somos capazes de fazer uns com os outros sem ao menos pensar na dor alheia. Eu me incluo nisto! Não faço tudo o que poderia fazer.

      Bem, saldo da pandemia até agora:


  • Um mês e dois dias no sítio - nunca me imaginei tanto tempo aqui.
  • Segundo livro e quase acabando - terei que ler on-line e não gosto. ( o sexto do ano!)
  • Cinco bolos, quatro receitas de pães, cozinhar feijão (mal fiz isto na vida), pizzaaasssss e esfihas da Tere, e a rotina de dona de casa.
  • Hortinha básica.
  • Filmes : Minha fama de mau, Tim Maia, Simonal, Somos tão jovens, Amor moderno, Do que as mulheres gostam, Despedida em Las Vegas, Green book, Os Aeronautas. 
  • Lives de tributo à Legião, Bon Jovi, One World Togheter, RC (e chorei na Nossa Senhora).
  • Ouço a Jovem Pan todos dos dias e não a Globo.
  • Aprendendo italiano com músicas na orelha!


Até agora...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Tempo e o Vento - Érico Veríssimo - projeto literário - Colégio Internacional EMECE - 9º anos - prof. Andrea Pengo

A trilogia O Tempo e o Vento, do escritor Erico Verissimo, é considerada por muitos a obra definitiva do estado do Rio Grande do Sul e uma das mais importantes do Brasil. Dividida em O Continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1962), o romance representa a história do estado gaúcho, de 1680 até 1945 (fim do Estado Novo), através da saga das famílias Terra e Cambará. O Continente A primeira parte de O Tempo e o Vento foi publicada em Porto Alegre no ano de 1949 e narra a formação do Estado do Rio Grande do Sul através das famílias Terra, Cambará, Caré e Amaral. O ponto de partida é a chegada de uma mulher grávida na colônia dos jesuítas e índios nas Missões. Esta mulher dará à luz o índio Pedro Missioneiro, que depois de presenciar as lutas de Sepé Tiaraju através de visões e ver os portugueses e espanhóis dizimarem as Missões Jesuíticas, conhecerá Ana Terra, filha dos paulistas de Sorocaba Henriqueta e Maneco Terra, este filho de um tropeiro que ficou encantado com o Rio Gr...

Postagem antiga - 2017

 Levei uma turma para ouvir " Eduardo e Mônica", letra solicitada pelo currículo do Estado. Inevitavelmente me vem à cabeça meus 15 anos q quando comprei "Dois" do Legião. Cheiro de L me vem à mente e consequentemente Patty, Dé, Sil, Dinha, Cabral , Julinho, Mauro, Maurício...hum, esse não. As tarde na casa da Patty onde ficávamos analisando as letras da banda, essas que no levavam à loucura com suas provocações, narrativa e reivindicações, versos, melodias. E NÓS, ADOLESCENTES, DESCOBRINDO A VIDA, ESCUTÁVAMOS E OUVÍAMOS CENTENAS DE VEZES O DISCO TODO A FIM DE DECORARMOS cada letra e sentindo o que o Renato se expressava ali. Sentir saudades daquilo á vezes me faz bem, outras não. Alguns flashs como Woodstock e reviver Rock Memory, Paulista, trazem à mente paz e saber que valeu à pena sentir cada tom de m´música revivendo lembranças que ficarão para sempre no coração. Lembro-me de momentos que poderiam ter passado em branco e que já quase esquecidos, parecem despert...