Quando se aproximam as férias as pessoas ficam eufóricas, fazem planos, apostam que ficarão de pernas pro ar, aquele livro que não tem fim, terá. Os últimos lançamentos de filmes serão finalmente assistidos com belos baldes de pipoca e , sim, o descanso será merecido....quê? Isto é para os fracos!! O bom mesmo é passar seus dias de descanso, - detalhe, sou professora - com crianças, de todas as idades, sexo, relações, enfim, brinquedos pra todo lado, choro, risada, palavras engraçadas, birras, filmes infantis e programação de televisão infinita, além dos sorvetes, balas e guloseimas tentadoras!
Meus dias de descanso começaram com festa de aniversário infantil, umas vinte ao mesmo tempo, em cima de uma cama elástica. "Tia, me põe? Mãe, posso isto, aquilo, acolá? Tia, segura pra mim? Quero água, suco, refrigerante, olha o que ganhei!" Ah, aniversário infantil sábado e domingo! Sorrisos, fotos, palavras soltas, correria, ufa!
Acordo segunda pela manhã com a sensação de que faltava algo, como tivesse acordado tarde, perdido a hora, meu trabalho!!! Sua louca, você está de férias! A sintonia demorou a sintonizar. Mas não demorou muito em minha pequena aparecer com a prima de 8 meses no colo. Ambas estavam na casa da avó.
"Oi mãe, a Mafê pode ficar com a gente?" "Claro querida!"
E pergunte-se se uma criança de dez anos fica por muito tempo com alguém que tem que ser monitorado 24h? Claro que não! Lá fui eu sentar-me no chão com a pequenina e vê-la brincar de derrubar todas as caixas de DVD's presentes na estante, escalar o que conseguia alcançar, arrastar-se atrás da bola feito minhocam e sorrir. Muito!!! Ahhhh, é o que se quebra as pernas e acabo me rendendo.
Papinha, fraldas, troca de roupas, dormir, chupeta, papinha, banho, fralda, minhoca e descobrir a caixa de brinquedo!
Até então a Mafezinha não tinha descoberto a caixa de brinquedo no quarto infantil da casa. Imagina a cara de um bebê olhando o tesouro escondido! "Uau! O que tem aqui?" E começou a querer tirar tudo de dentro e a cada um , vinha acompanhado de um gritinho de vitória e vamos brincar!! E assim, na terça a história se repetiu. Calma, é o segundo dia de férias apenas, você tem mais vinte e oito...
Oi???
Na semana os fatos se repetiram - cinema, sorvete, crianças em casa, brinquedos espalhados, gritaria e sorrisos e finalmente sexta viajaria à noite, mas antes parque e piquinique com CRIANÇAS!
Me vejo olhando pro céu e analisando o que faço como adulto independente que depende cuidar da vida de inocentes, mesmo não sendo minha filha. Quando estamos com crianças parece que nosso radar aciona e olhamos e cuidamos até daqueles que não nossos. "Cuidado, olha o balanço, olha a gangorra, vai prender seu pé, a cabeça vai bater, quer água? Suco? Vem pra cá, sua mãe está lá, perdeu-se? Amarra o cadarço do tênis, não chuta a bola forte, cuidado com as pessoas, olha seu irmão..." E por aí vai.
Antes que as férias começassem, perguntam-me sempre para onde vou, pois costumo viajar. "João Pessoa." " Que gostoso, lá é muito bom." É, pois é, também acho, mas desta vez será um pouco diferente. Malas prontas. John People, aí vamos nós. Nós - eu, a Bia e o Pedro!
"O Pedro? Será que ele vai com você? " "Vai!!!!" E foi!
" Tia Andrea, quero bala, Ipad, água, travesseiro, bala, já estamos voando? Já estamos chegando? Quero dormir..." Ufa! Dorme. Ele em uma perna e a Bia na outra. Anjos na madrugada voadora.
As cidades do nordeste acordam cedo, o astro Rei bate na cara já pelas cinco da manhã e não sei por que as pessoas insistem em fazer com que as casas acordem cedo também deixando a claridade entrar janelas a dentro, sem perdão. Dormir às quatro a acordar as nove...nas férias!
Bom dia povo!!!
Casa de primos, com mais duas meninas. Bonecas! E o quarteto logo se encontrou e dali, pernas pra correr e brincar muito. Caras de sono, pijamas, cabelos em pé, sorrisos ainda tímidos. Uma das pequenas é minha afilhada, mas ainda não se deu conta disto. Sorri escondidinho, afinal nos vemos esporadicamente. Uma bonequinha linda, pernas de bebê, porém,...porém, decididíssima! Sim e não e pronto.
"Quer?" "NÃO!" e acabou!
Vamos a nossa história - meus primos, como moram longe da família, e aproveitando a oportunidade de ter pessoas em quem confiam na casa, afinal além de mim, minha tia e avó das meninas também estava presente, foram passear em terras italianas. Sim, ficamos eu, minha tia Lozinha e Maria, braço direito da casa com quatro crianças, três cães, um papagaio e uma arara, que é uma história a parte!
Primeiro dia - Piscina, observar, sol, observar, conversar, observar, toalha, banho, toalha, roupa, comidinha, suco, despedida, chororo, "Mãe, não quero que você viaje nunca mais...". Ok, vamos pro parque!!!
Parque, noite fresca, açaí (delícia), areia, correria, escorregador, balanço, gangorra, cavalinho, areia, água, sapato e casa. Banho, pijama, tv, caminha e sono.
Como todo primeiro dia, as crianças parecem sondar o terreno e foi exatamente o que aconteceu. Os do meio, da mesma idade, começaram a querer tomar conta do pedaço...affff!!!!
Segundo dia - Logo cedo eles começaram com a gritaria e correria, por isto ou aquilo, por este brinquedo, por a mesma cadeira, suco, leite, pão, avó. "Vamos pra praia?" Claro! Claro que sim. Mais uma hora pra sair. Roupa, protetor solar, toalhas, bonés, sacolas, brinquedos e passos pequenos até chegarmos na areia. Lá, se divertiram bastante, areia por todos os lados, baldinhos, pazinhas, pipoca, água, castelos de areia e castelos destruídos, e, finalmente "Tô com fome!". Vamos embora.
Salvadora da cozinha, Maria fez um macarrão rapidinho. A pequena come que come, os outros...." Não gosto disto!" Não quero este molho..." , Oh my God! E isto já eram quase quatro horas da tarde e assim chega o Severino para tirar a arara do viveiro e colocá-la em um quartinho para que ela não acorde a vizinhança às cinco da matina. E nós, eu e a Bia, fomos ao cinema e a vozinha, com os pequenos, tomar sorvete.
A minha pequena ficou encantada com a sala VIP. Conforto é com ela mesma, e o tradicional balde de pipoca para se acabar. Delícia de Procurando Dory.
Na volta, feliz da minha vida, descobri que a dona Yara, a arara, recusou-se a sair do viveiro e assim, lá estava ela, faceira por ter desafiado a todos e só faltou dizer que ali, ela quem mandava.
"Não creio!!" , falei embasbacada. Nossa afinidade já não é lá grande coisa, mas está ficando demais de chato, dona Yara!!
Terceiro dia - "Vamos à la playa?" "NÃO!" Em alto e bom tom! A criançada não quis de jeito nenhum trocar a piscina pelo mar do Nordeste. Então, sol, maiozinhos, protetor, toalha, água, observar e observar e mandar umas fotinhos pros respectivos pais da garotada. E assim, começou a zona. As crianças começaram a se engalfinhar por tudo e por nada. Parecia que estava em meio o caos de bombeiros e ambulâncias de tanto que choravam por baldinhos, brinquedos, água jogada, cadeiras, pratos, copos, canudos, iogurte, sorvete e por aí vai! Loucura, loucura, loucura!!!!
Quatro horas. Hora de colocar dona Yara para o seu devido lugar noturno. Porta do viveiro aberta e ela nem tchum pra nós. Cabeça pra dentro, pra fora, come castanha, sobe, desce. Pra ter noção da história, colocamos até meu primo, o dono dela, pra falar pelo celular com a "irracional" pra ver se ela saia. A essa altura, estava quase a família inteira envolvida via Whats App. Uma hora e pouco e ela , quase na portinha, foi meio que colocada pra fora. Voou pra cima da cabeça da minha tia que ficou quieta até que o Severino a pegou e conseguiu levá-la ao quartinho. Eu teria tido um colapso.
Ufa! Vamos dormir até às nove!
"Vamos passear?", e lá fomos nós a um restaurante típico da cidade, que particularmente adoro e para ajudar, tem um espaço kids. Mas isto não foi o bastante: chorar pela comida, pelo suco, pela avó, cadeira, espaço, brinquedo...Ambulâncias a milhão! Pode-se comer em paz, por favor?
" Quero sorvete!" "Quero doce!", "Quero também!"
E a mão da avó que era acirradamente disputada a meio de gritos e choros. Eu, de vez em quando dava uma de louca, dando um jeito na situação, como em sala de aula. Com muita pedagogia!!!!
Casa, banho, suco, leite, tv e ambulâncias!!!! Sim, a hora de dormir era outro teatro: "Quero minha vó!" "A vó não é sua, é só minha"
Depois de umas broncas e ameaças, iam dormir. Paz?? Não descobri onde a esconderam.
Quarto dia - O dia amanheceu nublado, inverno no Nordeste e a chuva foi mais insistente. Nada de praia e piscina. Dia de filminho e brincadeiras, Mas não se enganem, a sessão ambulância começou logo cedo pelos mesmos motivos: cadeira, copo, brinquedo, suco, e principalmente a avó em disputa bélica! (Será que existe esse termo?) A hora do almoço era a mesma história. Acho que entendo porque as crianças assistem infinitamente tantas vezes o mesmo filme, o mesmo desenho. Acredito que é para confirmar suas atitudes que são sempre as mesmas.
"Mas eu falo isso todos os dias, não aguento mais!" Sim, todos os dias! Every day!!!
Acorda, levanta, faz xixi, lava o rosto, escove os dentes, os cabelos, coloca a roupa, dobra o pijama, guarde os brinquedos, saia da tv, do game, vá brincar, tome sol, saia do sol, não diga isso, aquilo, diga obrigado, por favor, palavrinhas mágicas; seja educado, coma verduras, frutas, pouco doce, agora não, agora sim, faça lição, guarde seu material, assista um pouco de tv, coloque o pijama, escove o dente e boa noite! Ufa! Como criança sofre, não? Mas me pergunto: por que temos que repetir isto todos os dias?
E quatro horas e a dona Yara nos dando baile novamente. Coloquei as crianças no quarto, com seus devidos games para que fizessem silêncio, pois Maria dizia que ela não saia devido aos gritos das pequenas criaturas. Qual o quê!! A criatura irracional ficava ali fazendo "fusquinha" e só subindo e descendo, dançando, cantando e gritando e muito! Mais uma hora para que a rainha do viveiro, pois o pobre do papagaio é refém, saísse e fosse para seus aposentos noturnos para que nós, ainda bem, dormíssemos até pelos menos as nove.
"Vamos passear?" "SIIIIMMMM!" Nem eles aguentavam ficar em casa. Programa de paulistano: shopping e parque com eletrônicos. Lá deram um tempo, mas no básico: mão da avó, ambulâncias, e gritarias.
"Quero sorvete!" "Quero suco" "Quero minha mãe!". Ops! De vez em quando alguém lembrava da mãe.
Quinto dia - Sol e piscina. Não quiseram sujar os pezinhos de areia, e isto porque fica a dois quarteirões da casa. Observar e observar enquanto também procurava tirar minha linda cor papel sulfite da pele, claro com protetor 50.
O mesmo de sempre: gritaria, disputa, brincadeiras, brinquedos, saltos, nados, mergulhos...fotinhos! Click!
Almoço. Bem, agora tenho que contar para lembrar sempre que criança tem cada tirada espetacular. A mãe das meninas quando vão à praia, leva uma garrafinha com água e vinagre para passar na "periquita" a fim de que não peguem micose ou outras porcarias de areia. Então, na mesa na hora do almoço, pedi a Maria o vinagre para temperar minha salada. "Vinagre?" Disse a mais velha muito indignada. " Vinagre é pra passar na periquita!, não por na comida!"
Deu-me um ataque de riso por imaginar o que passara na cabeça da pequena de quatro anos! Oh, inocência!
Filminho depois do almoço e nem por isso deixaram de se engalfinhar por nada!
"Vamos passear?" E lá fomos nós pro centro da cidade, com quatro crianças, atrás de uns trecos e sorvete.
"Quero de chocolate, morango, creme, amendoim.." " De palito, de massa, com casquinha, sem casquinha..." Tanto falatório que não sabe nem da onde vem.
Claro, sem esquecer da disputa acirrada pela mão da linda avozinha!
A pequena, nem aí. Pulava, dançava ao som do forró que tocava na praça, olhava, pegava nas minha mãos e da Bia, vinha numa boa. Os outros, só no som de sirene.
Última paradinha no parquinho de areia. E lá vamos nós: escorregador, balanço, gangorra, cavalinho, areia, chororo, água, balanço, açaí, mais areia, mais água, ambulância , quero minha vó e eu quero a minha MÃE!
Finalmente o lar!
Desta vez a Maria tinha ficado em casa para que a dona rainha saísse de boa, no silêncio total da casa. E para nossa surpresa, a dondoca recusou-se a sair novamente do seu encantador lar. "Pô Gui, coloca um blackout nessa bagaça!" Resultado: acordar às cinco da manhã dia seguinte! Que legal....
Jantinha e tia Lozinha sugeriu que eu fosse com a Bia em um café aberto recentemente quase em frente a casa. " Por que não vamos todos?" " NÃO! Lá é lugar de arte, exposição, livro. Tá doida? Com a creche? Vá você com a Bia e pronto." E fui, e realmente teria me arrependido amargamente caso insistisse em levá-los. Um lugar calmo, música ambiente, exposição de quadros, livros por todos os lados, rendas, vidros...UHU!!! Trinta minutos de paz. Saboreamos um delicioso pedaço de bolo de baba de moça, um suco de uva natural e um quiche dos deuses. " Que calmo, né mãe?" Pois é, calmo! Ao som de MPB, lembrei-me até das minhas amigas que adoram este som além do lugar chamar-se Buarque-se, remetendo ao nosso Chico. Muito simpático o espaço e os rapazes que atendem, afinal é a casa deles literalmente que se abre à noite para quem quer curtir paz.
Voltando à realidade, resolvi tomar o açaí comprado depois que os meninos estavam bem calmos e não é que Lelê resolveu me acompanhar? Eu, ela e Bia saboreando o último pote da temporada, porque só como lá aquilo que determinam de super energia. E que delícia ver a boca da pequena toda roxa, parecendo mesmo o Coringa com o sorriso borrado e largo. Muito bom!! E come, viu?! Tudinho!
Cama, tv, chorinho, manha e dormir!
Sexto e the last day: Como esperado, dona Yara cantava já desde às cinco e tia Lozinha se incomodava muito, a ponto de levantar, dar castanha, conversar com ela para, quem sabe, parar de gritar. Qual o que! Ela IGNORA!
Confesso que virava de lado e voltava a dormir, com breques, claro, mas voltava.
No dia foi combinado que duas filhas da amiga da minha prima viriam para que as meninas não sentissem tanto nossa partida, e lá estavam elas por volta das 8. A preguiça falou mais alto e continuei na cama por mais...10 minutos. A molecada escutou o zum, zum e logo estava de pé. Todos! Uau!
E observando criança, se percebe que não agem muito diferente dos outros seres, como já disse acima, o segredo é sondar o pedaço. Mesmo que já se conhecessem, ficaram muito bonzinhos no começo, com mais duas meninas, o pobre do Pedro ficou bem na dele pra ver como agir.
Piscina!!!! Tudo de novo: maiô, protetor, toalha, protetor, brinquedo, briga, prancha, mergulho, pulos...é, por falar em pulo, uma das meninas novas, Alice, apesar de ser a mais nova, é corajosa, daquelas crianças que se impõem, e o garoto do pedaço também, então, como ela é pouca coisa mais velha, ele ficou receoso. No entanto, ele queria ter mais coragem para pular, pois está aprendendo e ela, Alice, é pirata de praia.
Pois bem, Pedro ficou no ensaio de pular e saltava bem pertinho da beira, e dizíamos a ele" Pule mais pra lá, aí é perigoso!" " Mais forte? No fundo?" " É , mais forte, mais pra frente, você não vai afundar. Pula!" E o pequeno só ensaiava. Alice não teve dúvida, veio por trás, o agarrou pela mão e o puxou sem dó!
Que cena!! A cara dele de espanto era cômica, de quem não acreditou que ela havia feito aquilo, de como poderia uma menina ter feito com que ele pulasse e sem perguntar??
Pois é Pedro. A vida é assim, te atropela e não se sabe nem da onde veio o trem!
Bem, não demorou muito pra que ele se sentisse à vontade pra...chorar!!! É, chorar e não sei nem por que. A criatura não respondia.
Banho!!! Banho pra partir.
A hora da despedida: queriam que saíssemos escondidos. Não concordei. Apesar de saber que a Lelê ficaria chorando, fiz questão de conversar com ela e apresentar nossos motivos da partida. Papai e mamãe chegariam mais tarde e ela não ficaria sozinha. Tinham as meninas, Bela, a mãe das meninas, Maria e sua irmãzinha.
" Mas po quê vão embola?"
"Porque temos que cuidar das coisas em Sampa. Tio Marcelo, vô Dede estão sozinhos, tio Gá, tia Isa...todos estão nos esperando."
" Mas você não demola pa voltar?"
"Não, voltamos logo, ok? Olha, o tio Má quer comprar uma casa aqui, pra quem sabe virmos morar..."
" E o que ele disse? Que sim ou que não?"
" Que sim!"
" Quelo que você vem molar aqui.."
" Um dia a gente vem, ok?"
"Tá!"
E me deu um abraço bem gostoso! A avó estava já no carro para que não chorasse junto.
Lelê foi pro cola da Bela e fazia um coração com as mãozinhas dizendo tchau. Cena comovente, mas sem escolha.
E lá fomos nós.
Logo atrás, poucos minutos depois, Bela veio ao nosso encontro para entregar uma chave ao motorista que nos levava.
" Ela ficou bem, Bela?"
" Sim, mas quando o portão se fechou, ela disse assim: Colação patido! e abriu as mãozinhas..."
Oh, dó!!!!
Crianças...
Algumas observações -
Lelê ainda não aprendeu o som do R na ponta da língua, e antes de viajar, a Dani me contou que já se podia tentar corriigi-la, então, meu instinto educador voltou de férias. Ensinei a pequena a imitar barulho de motor, de moto, com a ponta da língua entre os dentes e ensinando-a forçar a saída da letra. BARRRRRRATA, PRRROFESSORRRAAA, e se todos os dias alguém incentivá-la, falará certo rapidinho.
Outra - no banheiro das meninas, fica uma banheira com água a fim de facilitar a troca de fralda da pequena. Quando esta faz número dois, logo se acusa. " Quem fez cocô? " " EUUUU!" e vai pro boxe, arrancando a fralda e já se lavando. É até engraçado!!!
Lais, depois que é trocada, pede pra passar pomada, repelente e ainda lembra que temos que passar repelente na irmã e nos primos.
Sabe exatamente quais são suas roupas e da irmã.
Brinquedos também.
Sabe cada uma das princesas da Disney e seus respectivos nomes.
Só não sabe ainda qual é a sua toalha de banho. " Lelê!" Não, Lais, é sua. Seu nome aqui, mulher!" " Não! Lelê!" Com um palavreado enrolado gostoso de criança.
Açaí? Acho que aquilo tem viciante, porque ela come um pote de boa!!! Com banana, granola e tudo.
Sabe que não pode comer nada que tenha cacau. " Pode Lais?" Não, Lelê!"
Pelo amor...que férias. E ainda não acabou não!!!!
Meus dias de descanso começaram com festa de aniversário infantil, umas vinte ao mesmo tempo, em cima de uma cama elástica. "Tia, me põe? Mãe, posso isto, aquilo, acolá? Tia, segura pra mim? Quero água, suco, refrigerante, olha o que ganhei!" Ah, aniversário infantil sábado e domingo! Sorrisos, fotos, palavras soltas, correria, ufa!
Acordo segunda pela manhã com a sensação de que faltava algo, como tivesse acordado tarde, perdido a hora, meu trabalho!!! Sua louca, você está de férias! A sintonia demorou a sintonizar. Mas não demorou muito em minha pequena aparecer com a prima de 8 meses no colo. Ambas estavam na casa da avó.
"Oi mãe, a Mafê pode ficar com a gente?" "Claro querida!"
E pergunte-se se uma criança de dez anos fica por muito tempo com alguém que tem que ser monitorado 24h? Claro que não! Lá fui eu sentar-me no chão com a pequenina e vê-la brincar de derrubar todas as caixas de DVD's presentes na estante, escalar o que conseguia alcançar, arrastar-se atrás da bola feito minhocam e sorrir. Muito!!! Ahhhh, é o que se quebra as pernas e acabo me rendendo.
Papinha, fraldas, troca de roupas, dormir, chupeta, papinha, banho, fralda, minhoca e descobrir a caixa de brinquedo!
Até então a Mafezinha não tinha descoberto a caixa de brinquedo no quarto infantil da casa. Imagina a cara de um bebê olhando o tesouro escondido! "Uau! O que tem aqui?" E começou a querer tirar tudo de dentro e a cada um , vinha acompanhado de um gritinho de vitória e vamos brincar!! E assim, na terça a história se repetiu. Calma, é o segundo dia de férias apenas, você tem mais vinte e oito...
Oi???
Na semana os fatos se repetiram - cinema, sorvete, crianças em casa, brinquedos espalhados, gritaria e sorrisos e finalmente sexta viajaria à noite, mas antes parque e piquinique com CRIANÇAS!
Me vejo olhando pro céu e analisando o que faço como adulto independente que depende cuidar da vida de inocentes, mesmo não sendo minha filha. Quando estamos com crianças parece que nosso radar aciona e olhamos e cuidamos até daqueles que não nossos. "Cuidado, olha o balanço, olha a gangorra, vai prender seu pé, a cabeça vai bater, quer água? Suco? Vem pra cá, sua mãe está lá, perdeu-se? Amarra o cadarço do tênis, não chuta a bola forte, cuidado com as pessoas, olha seu irmão..." E por aí vai.
Antes que as férias começassem, perguntam-me sempre para onde vou, pois costumo viajar. "João Pessoa." " Que gostoso, lá é muito bom." É, pois é, também acho, mas desta vez será um pouco diferente. Malas prontas. John People, aí vamos nós. Nós - eu, a Bia e o Pedro!
"O Pedro? Será que ele vai com você? " "Vai!!!!" E foi!
" Tia Andrea, quero bala, Ipad, água, travesseiro, bala, já estamos voando? Já estamos chegando? Quero dormir..." Ufa! Dorme. Ele em uma perna e a Bia na outra. Anjos na madrugada voadora.
As cidades do nordeste acordam cedo, o astro Rei bate na cara já pelas cinco da manhã e não sei por que as pessoas insistem em fazer com que as casas acordem cedo também deixando a claridade entrar janelas a dentro, sem perdão. Dormir às quatro a acordar as nove...nas férias!
Bom dia povo!!!
Casa de primos, com mais duas meninas. Bonecas! E o quarteto logo se encontrou e dali, pernas pra correr e brincar muito. Caras de sono, pijamas, cabelos em pé, sorrisos ainda tímidos. Uma das pequenas é minha afilhada, mas ainda não se deu conta disto. Sorri escondidinho, afinal nos vemos esporadicamente. Uma bonequinha linda, pernas de bebê, porém,...porém, decididíssima! Sim e não e pronto.
"Quer?" "NÃO!" e acabou!
Vamos a nossa história - meus primos, como moram longe da família, e aproveitando a oportunidade de ter pessoas em quem confiam na casa, afinal além de mim, minha tia e avó das meninas também estava presente, foram passear em terras italianas. Sim, ficamos eu, minha tia Lozinha e Maria, braço direito da casa com quatro crianças, três cães, um papagaio e uma arara, que é uma história a parte!
Primeiro dia - Piscina, observar, sol, observar, conversar, observar, toalha, banho, toalha, roupa, comidinha, suco, despedida, chororo, "Mãe, não quero que você viaje nunca mais...". Ok, vamos pro parque!!!
Parque, noite fresca, açaí (delícia), areia, correria, escorregador, balanço, gangorra, cavalinho, areia, água, sapato e casa. Banho, pijama, tv, caminha e sono.
Como todo primeiro dia, as crianças parecem sondar o terreno e foi exatamente o que aconteceu. Os do meio, da mesma idade, começaram a querer tomar conta do pedaço...affff!!!!
Segundo dia - Logo cedo eles começaram com a gritaria e correria, por isto ou aquilo, por este brinquedo, por a mesma cadeira, suco, leite, pão, avó. "Vamos pra praia?" Claro! Claro que sim. Mais uma hora pra sair. Roupa, protetor solar, toalhas, bonés, sacolas, brinquedos e passos pequenos até chegarmos na areia. Lá, se divertiram bastante, areia por todos os lados, baldinhos, pazinhas, pipoca, água, castelos de areia e castelos destruídos, e, finalmente "Tô com fome!". Vamos embora.
Salvadora da cozinha, Maria fez um macarrão rapidinho. A pequena come que come, os outros...." Não gosto disto!" Não quero este molho..." , Oh my God! E isto já eram quase quatro horas da tarde e assim chega o Severino para tirar a arara do viveiro e colocá-la em um quartinho para que ela não acorde a vizinhança às cinco da matina. E nós, eu e a Bia, fomos ao cinema e a vozinha, com os pequenos, tomar sorvete.
A minha pequena ficou encantada com a sala VIP. Conforto é com ela mesma, e o tradicional balde de pipoca para se acabar. Delícia de Procurando Dory.
Na volta, feliz da minha vida, descobri que a dona Yara, a arara, recusou-se a sair do viveiro e assim, lá estava ela, faceira por ter desafiado a todos e só faltou dizer que ali, ela quem mandava.
"Não creio!!" , falei embasbacada. Nossa afinidade já não é lá grande coisa, mas está ficando demais de chato, dona Yara!!
Terceiro dia - "Vamos à la playa?" "NÃO!" Em alto e bom tom! A criançada não quis de jeito nenhum trocar a piscina pelo mar do Nordeste. Então, sol, maiozinhos, protetor, toalha, água, observar e observar e mandar umas fotinhos pros respectivos pais da garotada. E assim, começou a zona. As crianças começaram a se engalfinhar por tudo e por nada. Parecia que estava em meio o caos de bombeiros e ambulâncias de tanto que choravam por baldinhos, brinquedos, água jogada, cadeiras, pratos, copos, canudos, iogurte, sorvete e por aí vai! Loucura, loucura, loucura!!!!
Quatro horas. Hora de colocar dona Yara para o seu devido lugar noturno. Porta do viveiro aberta e ela nem tchum pra nós. Cabeça pra dentro, pra fora, come castanha, sobe, desce. Pra ter noção da história, colocamos até meu primo, o dono dela, pra falar pelo celular com a "irracional" pra ver se ela saia. A essa altura, estava quase a família inteira envolvida via Whats App. Uma hora e pouco e ela , quase na portinha, foi meio que colocada pra fora. Voou pra cima da cabeça da minha tia que ficou quieta até que o Severino a pegou e conseguiu levá-la ao quartinho. Eu teria tido um colapso.
Ufa! Vamos dormir até às nove!
"Vamos passear?", e lá fomos nós a um restaurante típico da cidade, que particularmente adoro e para ajudar, tem um espaço kids. Mas isto não foi o bastante: chorar pela comida, pelo suco, pela avó, cadeira, espaço, brinquedo...Ambulâncias a milhão! Pode-se comer em paz, por favor?
" Quero sorvete!" "Quero doce!", "Quero também!"
E a mão da avó que era acirradamente disputada a meio de gritos e choros. Eu, de vez em quando dava uma de louca, dando um jeito na situação, como em sala de aula. Com muita pedagogia!!!!
Casa, banho, suco, leite, tv e ambulâncias!!!! Sim, a hora de dormir era outro teatro: "Quero minha vó!" "A vó não é sua, é só minha"
Depois de umas broncas e ameaças, iam dormir. Paz?? Não descobri onde a esconderam.
Quarto dia - O dia amanheceu nublado, inverno no Nordeste e a chuva foi mais insistente. Nada de praia e piscina. Dia de filminho e brincadeiras, Mas não se enganem, a sessão ambulância começou logo cedo pelos mesmos motivos: cadeira, copo, brinquedo, suco, e principalmente a avó em disputa bélica! (Será que existe esse termo?) A hora do almoço era a mesma história. Acho que entendo porque as crianças assistem infinitamente tantas vezes o mesmo filme, o mesmo desenho. Acredito que é para confirmar suas atitudes que são sempre as mesmas.
"Mas eu falo isso todos os dias, não aguento mais!" Sim, todos os dias! Every day!!!
Acorda, levanta, faz xixi, lava o rosto, escove os dentes, os cabelos, coloca a roupa, dobra o pijama, guarde os brinquedos, saia da tv, do game, vá brincar, tome sol, saia do sol, não diga isso, aquilo, diga obrigado, por favor, palavrinhas mágicas; seja educado, coma verduras, frutas, pouco doce, agora não, agora sim, faça lição, guarde seu material, assista um pouco de tv, coloque o pijama, escove o dente e boa noite! Ufa! Como criança sofre, não? Mas me pergunto: por que temos que repetir isto todos os dias?
E quatro horas e a dona Yara nos dando baile novamente. Coloquei as crianças no quarto, com seus devidos games para que fizessem silêncio, pois Maria dizia que ela não saia devido aos gritos das pequenas criaturas. Qual o quê!! A criatura irracional ficava ali fazendo "fusquinha" e só subindo e descendo, dançando, cantando e gritando e muito! Mais uma hora para que a rainha do viveiro, pois o pobre do papagaio é refém, saísse e fosse para seus aposentos noturnos para que nós, ainda bem, dormíssemos até pelos menos as nove.
"Vamos passear?" "SIIIIMMMM!" Nem eles aguentavam ficar em casa. Programa de paulistano: shopping e parque com eletrônicos. Lá deram um tempo, mas no básico: mão da avó, ambulâncias, e gritarias.
"Quero sorvete!" "Quero suco" "Quero minha mãe!". Ops! De vez em quando alguém lembrava da mãe.
Quinto dia - Sol e piscina. Não quiseram sujar os pezinhos de areia, e isto porque fica a dois quarteirões da casa. Observar e observar enquanto também procurava tirar minha linda cor papel sulfite da pele, claro com protetor 50.
O mesmo de sempre: gritaria, disputa, brincadeiras, brinquedos, saltos, nados, mergulhos...fotinhos! Click!
Almoço. Bem, agora tenho que contar para lembrar sempre que criança tem cada tirada espetacular. A mãe das meninas quando vão à praia, leva uma garrafinha com água e vinagre para passar na "periquita" a fim de que não peguem micose ou outras porcarias de areia. Então, na mesa na hora do almoço, pedi a Maria o vinagre para temperar minha salada. "Vinagre?" Disse a mais velha muito indignada. " Vinagre é pra passar na periquita!, não por na comida!"
Deu-me um ataque de riso por imaginar o que passara na cabeça da pequena de quatro anos! Oh, inocência!
Filminho depois do almoço e nem por isso deixaram de se engalfinhar por nada!
"Vamos passear?" E lá fomos nós pro centro da cidade, com quatro crianças, atrás de uns trecos e sorvete.
"Quero de chocolate, morango, creme, amendoim.." " De palito, de massa, com casquinha, sem casquinha..." Tanto falatório que não sabe nem da onde vem.
Claro, sem esquecer da disputa acirrada pela mão da linda avozinha!
A pequena, nem aí. Pulava, dançava ao som do forró que tocava na praça, olhava, pegava nas minha mãos e da Bia, vinha numa boa. Os outros, só no som de sirene.
Última paradinha no parquinho de areia. E lá vamos nós: escorregador, balanço, gangorra, cavalinho, areia, chororo, água, balanço, açaí, mais areia, mais água, ambulância , quero minha vó e eu quero a minha MÃE!
Finalmente o lar!
Desta vez a Maria tinha ficado em casa para que a dona rainha saísse de boa, no silêncio total da casa. E para nossa surpresa, a dondoca recusou-se a sair novamente do seu encantador lar. "Pô Gui, coloca um blackout nessa bagaça!" Resultado: acordar às cinco da manhã dia seguinte! Que legal....
Jantinha e tia Lozinha sugeriu que eu fosse com a Bia em um café aberto recentemente quase em frente a casa. " Por que não vamos todos?" " NÃO! Lá é lugar de arte, exposição, livro. Tá doida? Com a creche? Vá você com a Bia e pronto." E fui, e realmente teria me arrependido amargamente caso insistisse em levá-los. Um lugar calmo, música ambiente, exposição de quadros, livros por todos os lados, rendas, vidros...UHU!!! Trinta minutos de paz. Saboreamos um delicioso pedaço de bolo de baba de moça, um suco de uva natural e um quiche dos deuses. " Que calmo, né mãe?" Pois é, calmo! Ao som de MPB, lembrei-me até das minhas amigas que adoram este som além do lugar chamar-se Buarque-se, remetendo ao nosso Chico. Muito simpático o espaço e os rapazes que atendem, afinal é a casa deles literalmente que se abre à noite para quem quer curtir paz.
Voltando à realidade, resolvi tomar o açaí comprado depois que os meninos estavam bem calmos e não é que Lelê resolveu me acompanhar? Eu, ela e Bia saboreando o último pote da temporada, porque só como lá aquilo que determinam de super energia. E que delícia ver a boca da pequena toda roxa, parecendo mesmo o Coringa com o sorriso borrado e largo. Muito bom!! E come, viu?! Tudinho!
Cama, tv, chorinho, manha e dormir!
Sexto e the last day: Como esperado, dona Yara cantava já desde às cinco e tia Lozinha se incomodava muito, a ponto de levantar, dar castanha, conversar com ela para, quem sabe, parar de gritar. Qual o que! Ela IGNORA!
Confesso que virava de lado e voltava a dormir, com breques, claro, mas voltava.
No dia foi combinado que duas filhas da amiga da minha prima viriam para que as meninas não sentissem tanto nossa partida, e lá estavam elas por volta das 8. A preguiça falou mais alto e continuei na cama por mais...10 minutos. A molecada escutou o zum, zum e logo estava de pé. Todos! Uau!
E observando criança, se percebe que não agem muito diferente dos outros seres, como já disse acima, o segredo é sondar o pedaço. Mesmo que já se conhecessem, ficaram muito bonzinhos no começo, com mais duas meninas, o pobre do Pedro ficou bem na dele pra ver como agir.
Piscina!!!! Tudo de novo: maiô, protetor, toalha, protetor, brinquedo, briga, prancha, mergulho, pulos...é, por falar em pulo, uma das meninas novas, Alice, apesar de ser a mais nova, é corajosa, daquelas crianças que se impõem, e o garoto do pedaço também, então, como ela é pouca coisa mais velha, ele ficou receoso. No entanto, ele queria ter mais coragem para pular, pois está aprendendo e ela, Alice, é pirata de praia.
Pois bem, Pedro ficou no ensaio de pular e saltava bem pertinho da beira, e dizíamos a ele" Pule mais pra lá, aí é perigoso!" " Mais forte? No fundo?" " É , mais forte, mais pra frente, você não vai afundar. Pula!" E o pequeno só ensaiava. Alice não teve dúvida, veio por trás, o agarrou pela mão e o puxou sem dó!
Que cena!! A cara dele de espanto era cômica, de quem não acreditou que ela havia feito aquilo, de como poderia uma menina ter feito com que ele pulasse e sem perguntar??
Pois é Pedro. A vida é assim, te atropela e não se sabe nem da onde veio o trem!
Bem, não demorou muito pra que ele se sentisse à vontade pra...chorar!!! É, chorar e não sei nem por que. A criatura não respondia.
Banho!!! Banho pra partir.
A hora da despedida: queriam que saíssemos escondidos. Não concordei. Apesar de saber que a Lelê ficaria chorando, fiz questão de conversar com ela e apresentar nossos motivos da partida. Papai e mamãe chegariam mais tarde e ela não ficaria sozinha. Tinham as meninas, Bela, a mãe das meninas, Maria e sua irmãzinha.
" Mas po quê vão embola?"
"Porque temos que cuidar das coisas em Sampa. Tio Marcelo, vô Dede estão sozinhos, tio Gá, tia Isa...todos estão nos esperando."
" Mas você não demola pa voltar?"
"Não, voltamos logo, ok? Olha, o tio Má quer comprar uma casa aqui, pra quem sabe virmos morar..."
" E o que ele disse? Que sim ou que não?"
" Que sim!"
" Quelo que você vem molar aqui.."
" Um dia a gente vem, ok?"
"Tá!"
E me deu um abraço bem gostoso! A avó estava já no carro para que não chorasse junto.
Lelê foi pro cola da Bela e fazia um coração com as mãozinhas dizendo tchau. Cena comovente, mas sem escolha.
E lá fomos nós.
Logo atrás, poucos minutos depois, Bela veio ao nosso encontro para entregar uma chave ao motorista que nos levava.
" Ela ficou bem, Bela?"
" Sim, mas quando o portão se fechou, ela disse assim: Colação patido! e abriu as mãozinhas..."
Oh, dó!!!!
Crianças...
Algumas observações -
Lelê ainda não aprendeu o som do R na ponta da língua, e antes de viajar, a Dani me contou que já se podia tentar corriigi-la, então, meu instinto educador voltou de férias. Ensinei a pequena a imitar barulho de motor, de moto, com a ponta da língua entre os dentes e ensinando-a forçar a saída da letra. BARRRRRRATA, PRRROFESSORRRAAA, e se todos os dias alguém incentivá-la, falará certo rapidinho.
Outra - no banheiro das meninas, fica uma banheira com água a fim de facilitar a troca de fralda da pequena. Quando esta faz número dois, logo se acusa. " Quem fez cocô? " " EUUUU!" e vai pro boxe, arrancando a fralda e já se lavando. É até engraçado!!!
Lais, depois que é trocada, pede pra passar pomada, repelente e ainda lembra que temos que passar repelente na irmã e nos primos.
Sabe exatamente quais são suas roupas e da irmã.
Brinquedos também.
Sabe cada uma das princesas da Disney e seus respectivos nomes.
Só não sabe ainda qual é a sua toalha de banho. " Lelê!" Não, Lais, é sua. Seu nome aqui, mulher!" " Não! Lelê!" Com um palavreado enrolado gostoso de criança.
Açaí? Acho que aquilo tem viciante, porque ela come um pote de boa!!! Com banana, granola e tudo.
Sabe que não pode comer nada que tenha cacau. " Pode Lais?" Não, Lelê!"
Pelo amor...que férias. E ainda não acabou não!!!!
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